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Amamentação
Amamentação

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Mamadeira e chupeta interferem na amamentação

O bico destes produtos pode confundir as crianças

A longo prazo, o uso das mamadeiras e de chupetas pode prejudicar o desenvolvimento da criança. O Ministério da Saúde não recomenda o uso tanto da mamadeira quanto da chupeta porque atrapalham a forma como o bebê vai mamar no peito. "A criança começa a estranhar o bico do peito e acaba acontecendo uma coisa que é muito triste, que a mãe está cheia de leite e a criança fica sem conseguir amamentar e rejeitar o peito da mãe", explica o coordenador da Saúde da Criança do Ministério da Saúde, Paulo Bonilha.

Ele também alerta que depois do período de amamentação a mamadeira e a chupeta continuam sendo contra indicadas para as crianças. Segundo ele os produtos prejudicam o desenvolvimento da arcada dentária e do processo de deglutição. "O ideal mesmo é que à medida que a criança vai saindo do peito, a mãe consiga pular do peito já para aqueles copos com bico e a seguir para o copo."

Não existem produtos que possam substituir mamadeiras ou chupetas. A melhor maneira de diminuir a ansiedade da criança é levá-la para o colo da mãe. Este ano a Campanha Nacional de Amamentação do Ministério da Saúde convoca a sociedade para apoiar a mulher que amamenta para que ela possa ter energia e disposição de alimentar seu filho com leite materno até os dois anos de idade.

AMAMENTAÇÃO -O leite materno tem tudo o que os bebês precisam para crescer com saúde. Além de ser a principal fonte de nutrientes, protege a criança de doenças como infecções respiratórias, alergias e diarréia. A amamentação tem outra função importante, que é a de garantir ossos fortes aos pequenos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera ideal que 90% a 100% das crianças menores de seis meses tenham no leite materno um alimento exclusivo.

É importante ressaltar que o Sistema Único de Saúde tem profissionais capacitados para oferecer, gratuitamente, assistência à mulher que amamenta, desde o período da gestação.

 

Cuidados com os seios durante a amamentação

Durante os primeiros dias após o parto, ocorre a apojadura ou descida do leite. Por isso, neste período, os seios podem ficar mais pesados, endurecidos, quentes e sensíveis. Se ocorrer ingurgitamento ("leite empedrado"), ou fissuras e rachaduras, alguns cuidados poderão ser tomados de forma a proporcionar a continuidade da amamentação como:

• Uso de compressas úmidas ou banho morno massageando circularmente, a partir da base do mamilo. Isto tornará a aréola mais flexível e macia, diminuindo a sensação dolorosa.

• Iniciar a amamentação pelo seio menos túrgido para minimizar o impacto da força de sucção do bebê faminto.

• Quando houver excesso de leite após a mamada, deve-se realizar a ordenha deste leite e, se possível, armazená-lo para uso do recém nascido se houver necessidade.

• Alterne os seios para amamentação.

• Os mamilos devem ser limpos com água morna e bem secos após as mamadas.

• Utilizar "sutiã" de algodão, evitando abafar os mamilos com protetores muito perfumados.

• Evitar o uso excessivo de lubrificantes, de difícil remoção, que tornam a pele mais sensível.

• Utilizar bombas de ordenha somente em casos necessários.

• Utilizar focos de luz, durante 10 a 15 minutos, mantendo 30cm de distância do seio ou expor os seios ao sol da manhã (07 às 10 horas) por 5 a 10 minutos.

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Dicas simples facilitam a amamentação

Rachaduras no bico do seio e inchaço podem ser evitados com a postura certa do bebê e cuidados na mama

A amamentação é um momento de interação entre mãe e filho, além de trazer vários benefícios à saúde de ambos. A mulher deve tomar alguns cuidados para que esse ato não gere dor e desconforto. As principais queixas são: bico do seio rachado e sensível, o que causa inflamações e dificulta o aleitamento.

A empresária Vivianne Oliveira conta que quase desistiu de amamentar o filho. "Eu tive muita dor ao amamentar. A lágrima realmente caia, mas eu sabia que era essencial para ele, principalmente naqueles primeiros meses de vida", declara. Assim como Vivianne, muitas mulheres se queixam de dor durante a primeira fase da amamentação.

Segundo o coordenador de Saúde da Criança do Ministério da Saúde, Paulo Bonilha, o contato entre mãe e bebê não é doloroso. O desconforto costuma ser causado porque a boca da criança está mal encaixada no peito da mãe. Ele orienta que ao sentir dor a mulher tire o bebê com cuido e o coloque de novo para mamar.

Para saber se bebê está “pegando” o peito direito, a mãe deve observar se a boca está bem aberta (boca de peixinho) e se o mamilo e a maior parte da auréola estão abocanhados. “Do ponto de vista prático, se está sobrando muita área escura para fora da boca do neném, é porque a pega está inadequada", explica.

O aleitamento materno é interrompido principalmente por causa dos ferimentos nos seios durante a amamentação. É o que mostra uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde e do Unicef, realizada em 2009. De acordo com o levantamento, 43% das mães param de amamentar antes que a criança complete três meses de vida. A pesquisa revela que 58% das mulheres em fase de amamentação apresentam algum tipo de trauma nos mamilos. Os machucados mais comuns são rachaduras no bico dos seios.

DICAS - A mãe pode ficar deitada, sentada ou em pé. O importante é que ela e o bebê estejam confortáveis. O corpo do filho deve estar inteiramente de frente, ou seja, a barriga voltada para o corpo da mãe, com a cabeça e a coluna em linha reta, no mesmo eixo. A boca fica reta para o bico do peito. A mulher apoia com o braço e mão o corpo e o “bumbum” do bebê.

O momento requer calma, para não apressar o bebê. Quando o peito estiver muito cheio, antes de amamentar, a mãe deve fazer uma ordenha manual para amaciar a aréola. Com os dedos indicador e polegar, espremem-se as regiões acima e abaixo do limite da aréola para retirar algumas gotas de leite e amaciar o bico.

Uma boa dica é encostar o bico do peito na boca do bebê, para ele virar a cabeça, o chamado reflexo da busca. Ele sozinho sabe como fazer isto. O filho é levado ao peito e não o contrário. Outra importante sugestão é segurar o peito com o polegar acima da aréola e o indicador e a palma da mão abaixo. Isto facilita a “pega” adequada. O bebê abocanhando a maior parte da aréola suga mais leite e evita rachaduras. A mãe deve ouvir o ritmo cadenciado de sucção, deglutição e pausa.

Como saber que a “pega” está adequada:

• Boca bem aberta;
• Lábios virados para fora;
• Queixo tocando o peito da mãe;
• Aréola mais visível na parte superior que na inferior;
• Bochecha redonda (“cheia”);
• A língua do bebê deve envolver o bico do peito. 

Armazenamento do leite materno

    • - Lave as mãos com água e sabão;
    • - Limpe as auréolas e os mamilos com o próprio leite;
    • - Utilize um recipiente de vidro, com tampa plástica. Lave-o com água e sabão e ferva-o durante quinze minutos antes de guardar o leite;
    • - Utilize a técnica de esgotamento manual;
    • - Despreze os primeiros jorros de leite e coloque o leite retirado diretamente no recipiente;
    • - Após terminado o esgotamento, feche o recipiente e coloque nele uma etiqueta com data, horário e quantidade retirada;
    • - Coloque imediatamente no refrigerador ou congelador (mas não coloque na porta, pois a temperatura de conservação não é adequada);
  • - Se conservado em geladeira, o leite pode ser utilizado dentro de 12 horas, no congelador, em até 6 dias, e no freezer, por 14 dias, desde que seja congelado imediatamente após a retirada;
  • - O descongelamento deve ser lento, deixando o leite no refrigerador na noite anterior.
  • - Não se deve ferver o leite materno. A melhor forma de aquecê-lo é ferver a água, desligar o fogo e aquecer o recipiente com o leite, em banho maria, nesta água. O uso de microondas não é indicado. A sobra do leite aquecido não deve ser usada novamente, devendo ser desprezada.
  • - Uma vez descongelado, use em até 24 horas.

Fonte: Hospital e Maternidade São Camilo e  Portalsaude.saude.gov.